O QUE É O MARKET-PLACE CIRCULARLABS?
O market-place CircularLabs é uma plataforma online, que pretende constituir uma comunidade virtual em economia circular para o intercâmbio de boas práticas, conhecimentos, processos, produtos e serviços, e para facilitar o contacto e a colaboração entre empresas e empreendedores, mas também dar a conhecer os seus conteúdos à sociedade em geral, e especialmente ao segmento dos consumidores.
PORQUÊ DIVULGAR BOAS PRÁTICAS?
A divulgação de “Boas Práticas” organizacionais, além de ser um reconhecimento para as empresas e empreendedores, tem um importante efeito demonstrativo e exemplar nas restantes organizacões e na sociedade no seu conjunto.
As “Boas Práticas” pretendem servir de modelo sobre as normas a seguir na investigação e na inovação e simultaneamente reconhecer as entidades que empreendem esforços significativos para contribuírem para um desenvolvimento sustentável em Castela e Leão, Galiza e Norte de Portugal.
COMO PROPOR BOAS PRÁTICAS (PROCESSOS, PRODUTOS OU SERVIÇOS DE ECONOMIA CIRCULAR) PARA A SUA INTEGRAÇÃO NO MARKET-PLACE CIRCULARLABS?
Para propor a divulgação de uma “Boa Prática” através da plataforma virtual CircularLabs, é necessário que se registe como utilizador na referida plataforma web e preencha o formulário online com a informação do seu processo, produto ou serviço.
Poderá propor boas práticas, qualquer entidade de Castela e Leão, Galiza e Norte de Portugal.
QUE É QUE SE ENTENDE POR BOA PRÁTICA OU CASO DE ÊXITO EM ECONOMIA CIRCULAR?
São as iniciativas colocadas em funcionamento nas empresas ou nas organizações, que contribuem de forma significativa e relevante, tanto qualitativa como quantitativamente, para os princípios da economia circular, e mais concretamente em alguma das categorias em que a ferramenta de autoavaliação [ ... ... ... ... ], se estrutura.
PARA SABER MAIS SOBRE OS REQUISITOS DE BOA PRÁTICA
As “Boas Práticas” ou casos de êxito poderão incluir produtos ou serviços, mas também procedimentos ou sistemas de gestão, assim como projectos de investigação e inovação.
A título indicativo, as boas práticas devem satisfazer um ou mais dos seguintes requisitos:
- Minimizar a necessidade de consumo de materiais virgens desenvolvendo novos modelos de negócios, produtos ou serviços;
- Utilizar ou contribuir para a utilização de matérias-primas renováveis, não tóxicas, compostáveis.
- Optimizar o uso de matérias-primas e a criação de resíduos mediante virtualização, ecoconcepção ou certificações estandardizadas.
- Substituir a venda de produtos pela venda de serviços, o uso por quotas anuais, etc.
- Fomentar a durabilidade e os modelos de negócios orientados para a criação de numerosos ciclos de vida dos produtos.
- Fomentar a reparação, actualização, e o refabrico.
- Fomentar novos ciclos de uso dos produtos, através da venda em segunda mão, ou de outros modelos de negócios.
- Minimizar ou prevenir a produção de resíduos.
- Minimizar ou prevenir a utilização de empacotamentos e embalagens.
- Utilizar os próprios resíduos ou matéria-prima reciclada, nos seus processos de produção.
- Permutar subprodutos para serem usados como matéria-prima ou produto.
- Transformando os resíduos em produtos.
- Reutilizando os produtos para um fim diferente do original, prolongando a sua vida útil.
- Fomentar a simbiose e a cooperação industrial para partilhar ou permutar matérias-primas, logística, e energia.
Do ponto de vista quantitativo, estas “Boas Práticas” devem ter um impacto significativo num produto, serviço ou na actividade empresarial global.
As “Boas Práticas” serão validadas pelo administrador da plataforma antes da sua publicação, atendendo ao facto de as mesmas responderem aos requisitos anteriores e terem um impacto significativo. Para a quantificação do impacto, recomenda-se que seja previamente efetuado um estudo da actividade empresarial, produto ou serviço na ferramenta de autoavaliação [ ... ... ... ... ].
CATEGORIAS DE BOAS PRÁTICAS
Estabeleceram-se as seguintes categorias, devendo-se classificar as boas práticas obrigatoriamente numa ou em mais categorias. Também se estabeleceu uma classificação adiccional e opcional por sector a que o produto ou serviço pertence, tendo em vista facilitar a sua procura aos utilizadores da plataforma.
1. Repensar/Reconceber: “Ecoconcepção” (desenvolvimento de produtos e serviços baseados na análise de ciclo de vida); “Servitização” (substituir a venda de um produto pela prestação de um serviço que resolva a mesma necessidade); “Formação” e “Sensibilização” para a economia circular; “Serviços” de “Assessoria” e “Engenharia” para a economia circular; e, “Multifuncionalidade” (para fazer com que o uso do produto seja mais intensivo).
2. Reduzir: prevenir o uso dos recursos naturais mediante acções que contribuam para a redução da quantidade de matéria-prima necessária para elaborar um produto, ou substituir matérias-primas não renováveis pelas que o são como, por exemplo, produtos de bioeconomia baseados num aproveitamento sustentável dos recursos.
3. Redistribuir: modelos de economia colaborativa, cooperação ou simbiose industrial que optimizam o uso dos recursos, produtos ou serviços. Estes sistemas aumentam a intensidade de uso de um bem ou de uma infraestructura. Por exemplo, trabalho cooperativo, car-sharing, bancos de ferramentas, intercâmbio de subprodutos, etc.
4. Reutilizar: Uso de um produto por um novo consumidor para a mesma função. Por exemplo, mercados de segunda mão. Também se inclui “Repropor” (reutilizar um produto para uma função diferente da original).
5. Reparar: Serviços de manutenção e reparação de produtos para prolongar a sua vida útil.
6. Renovar: Restaurar um produto no fim do seu ciclo de vida mediante actualização (refurbish) ou refabrico (usar partes de um produto descartado num novo produto com a mesma função ou outra diferente).
7. Recuperar: Valorização material (recuperação dos materiais existentes num produto, ou residuais dos processos de fabrico, para fabricar novos produtos, incluindo a água ou os gases de combustão).
8. Reciclar: Produtos fabricados com um alto grau de materiais reciclados.